Se existe uma lista que todo gamer de respeito deveria levar a sério, é essa aqui. Não estamos falando só de clássicos. Estamos falando de experiências que moldaram o que conhecemos como videogame. Jogos que, mesmo com o passar do tempo, continuam vivos na memória, na cultura pop e, principalmente, no coração de quem segurou um controle de Super Nintendo. Então se você ainda não teve a chance de experimentar essas obras-primas, a hora é agora. Porque tem coisa que a gente não pode deixar pra depois.
The Legend of Zelda: A Link to the Past
Esse é mais do que um jogo. É uma aula de design, narrativa e imersão. A Link to the Past não só definiu a estrutura de muitos Zeldas que vieram depois, como também serviu de inspiração pra uma geração inteira de desenvolvedores.
A trama começa simples: um jovem chamado Link recebe um chamado misterioso durante a noite chuvosa e parte para resgatar a Princesa Zelda. O que se desenrola é uma jornada épica entre dois mundos — o da luz e o das trevas — com templos enigmáticos, vilões icônicos e segredos em cada canto do mapa.
Cada dungeon é uma aula de level design, com puzzles desafiadores e chefes criativos. A jogabilidade flui com naturalidade, e a trilha sonora é tão marcante que muitos a reconhecem nos primeiros acordes. Jogar esse Zelda é entender por que ele é referência até hoje.

Chrono Trigger
Não existe uma lista séria sobre jogos essenciais do SNES sem Chrono Trigger. Criado por um time dos sonhos da Square, com nomes como Akira Toriyama (Dragon Ball), Hironobu Sakaguchi (Final Fantasy) e Yuji Horii (Dragon Quest), esse RPG entregou uma história de viagem no tempo com personagens carismáticos, vários finais e um sistema de combate revolucionário.
O jogador acompanha Chrono, um jovem espadachim, em uma missão para salvar o mundo viajando por diferentes eras — do passado pré-histórico ao futuro pós-apocalíptico. O combate não utiliza encontros aleatórios: os inimigos aparecem no mapa, e o sistema de turnos permite ataques combinados entre os personagens.
A profundidade dos diálogos, a forma como as ações impactam o futuro e a quantidade de finais diferentes tornam esse jogo um marco narrativo. Chrono Trigger não é só um jogo — é uma experiência emocional que fica com você pra sempre.

Super Metroid
Silêncio, atmosfera e solidão. Super Metroid é quase uma experiência sensorial. A forma como o jogo guia o jogador sem dizer uma palavra é digna de estudo. A exploração do planeta Zebes, os upgrades progressivos, a evolução da protagonista Samus Aran e o clímax emocional da reta final tornam esse jogo um dos mais completos do SNES.
A sensação de estar sozinho em um mundo hostil, descobrindo habilidades aos poucos, enfrentando criaturas misteriosas e desbloqueando novas áreas com seus upgrades é única. O jogo te desafia a pensar, a observar o ambiente e, acima de tudo, a se adaptar.
Visualmente, Super Metroid ainda impressiona pelo uso inteligente de sombras, cores e efeitos sonoros que criam tensão o tempo todo. A cena final é uma das mais emocionantes da história dos videogames — e você vai saber quando chegar lá.

Final Fantasy VI
Poucos jogos conseguem equilibrar emoção, gameplay e narrativa com tanta maestria quanto Final Fantasy VI. Mesmo sendo 2D, ele tem um peso dramático que muito RPG moderno não alcança. Cada personagem tem um arco próprio, e a história, que começa como uma rebelião contra um império tirânico, se transforma em algo muito maior.
Você controla uma variedade de heróis, cada um com suas motivações, habilidades únicas e conexões emocionais profundas. Terra, Locke, Celes, Sabin, Edgar… todos têm algo que toca o jogador. O vilão Kefka é insano, cruel e absolutamente memorável — um dos antagonistas mais bem construídos da história dos RPGs.
A trilha sonora de Nobuo Uematsu é um espetáculo à parte. Momentos como a “Opera House” são considerados até hoje marcos artísticos nos videogames. É um jogo que emociona, surpreende e faz você refletir.

Super Mario World
Talvez o jogo mais acessível e universal dessa lista, mas não menos importante. Super Mario World é pura magia. Da primeira fase até os desafios secretos da Star Road, o jogo consegue ser simples e profundo ao mesmo tempo.
Aqui, o Mario não só pula e corre — ele voa com a capa, monta no Yoshi e explora níveis com múltiplos caminhos. A curva de aprendizado é amigável, mas dominar tudo exige habilidade e dedicação. Os gráficos coloridos, a trilha sonora alegre e o design das fases tornam cada partida uma alegria.
É aquele tipo de jogo que você mostra pra alguém que nunca jogou videogame e ela entende na hora como funciona. E o melhor: se diverte de verdade. Se você quer lembrar o porquê de ter se apaixonado por games, Super Mario World é o caminho.

Não deixe pra depois
Esses jogos não são apenas títulos antigos. Eles são parte da história dos games. Jogá-los é como visitar um museu interativo onde tudo está vivo, pulsando, pronto pra te surpreender.
Além disso, cada um deles influenciou dezenas — às vezes centenas — de outros jogos que vieram depois. Eles não são só bons: são fundações. E mesmo que você tenha chegado agora no mundo gamer, ainda dá tempo de descobrir por que esses clássicos emocionam tanto.
Se você tem amor por videogame, você precisa viver essas histórias. Antes que o tempo passe. Antes que a vida aperte. Antes de morrer.