O Nintendo Switch já está em seus últimos ciclos como o principal console da Big N. Com o Switch 2 se aproximando cada vez mais, a expectativa por novos jogos e experiências cresce entre os fãs. Mas, enquanto os grandes títulos dominam as manchetes e o catálogo de clássicos como The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, Super Mario Odyssey e Animal Crossing: New Horizons seguem em alta, há um outro lado menos explorado da biblioteca do console — e que vale (muito) a pena.
Se você acha que já viu tudo o que o Switch tem a oferecer, prepare-se para mudar de ideia. Muitos jogos incríveis passaram despercebidos por falta de divulgação, visual mais simples ou simplesmente por não terem um nome famoso por trás. Mas esses títulos entregam experiências únicas, criativas e, em muitos casos, surpreendentes.
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Neste conteúdo especial, o Sou Nintendista te levará a conhecer dez jogos desconhecidos para Nintendo Switch para jogar antes do Switch 2. É a chance perfeita de explorar pérolas escondidas antes da próxima geração chegar.
A Short Hike: o prazer de desacelerar
Começando por um jogo que é praticamente um abraço em forma de pixels. A Short Hike coloca você na pele de Claire, uma pequena ave que precisa subir até o topo de uma montanha em busca de sinal de celular — mas o que acontece no caminho é muito mais importante do que o destino.
Com visual simples e cativante, jogabilidade leve e narrativa emocional, o jogo convida à exploração sem pressa. Conversas com personagens carismáticos, colecionáveis, desafios discretos e trilha sonora relaxante fazem dessa curta caminhada uma experiência memorável.
Ideal para quem busca algo diferente, sensível e fora do padrão.
West of Loathing: o RPG mais bizarro que você respeita
Você já jogou um RPG em preto e branco com gráficos de bonecos-palito? Provavelmente não. Mas deveria. West of Loathing é um dos jogos mais engraçados e inusitados do catálogo do Switch.
Misturando faroeste com comédia nonsense, o jogo traz batalhas por turnos, quebra-cabeças, decisões morais e uma tonelada de diálogos absurdos. Tudo isso com um sistema de progressão surpreendentemente profundo.
É o tipo de jogo que conquista justamente por fugir completamente dos padrões. E sim, dá para vencer um duelo usando feijões mágicos como arma.
Inmost: a beleza sombria da dor
Não se deixe enganar pelo visual pixelado. Inmost é uma experiência emocional densa, que aborda temas como perda, trauma e sacrifício. Com três personagens jogáveis cujas histórias se entrelaçam, o jogo entrega uma narrativa impactante com jogabilidade de plataforma e puzzles inteligentes.
A direção de arte é impecável, e a trilha sonora amplifica a imersão emocional. Ideal para quem gosta de jogos que contam histórias profundas sem precisar de muitos diálogos.
É curto, mas fica com você por muito tempo depois de terminar.
Dandara: Trials of Fear: a ousadia brasileira no mundo dos games
Poucos sabem que o Brasil entregou um dos jogos de plataforma mais criativos do Switch. Dandara, desenvolvido pela Long Hat House, é inspirado na figura histórica da resistência quilombola, mas se transforma em uma jornada surreal e desafiadora.
A movimentação não convencional — onde o jogador se desloca pulando pelas superfícies — exige novos reflexos e estratégias. Com combates intensos, narrativa simbólica e um mundo labiríntico, Dandara é um prato cheio para fãs de metroidvanias que querem algo fora da curva.
Golf Story: a mistura improvável que deu certo
Golf Story é mais do que um jogo de golfe. É um RPG completo, com personagens engraçados, side quests inesperadas e mecânicas criativas que transformam o esporte em uma verdadeira aventura narrativa.
A mistura funciona incrivelmente bem: você treina, compete, melhora seu equipamento, conversa com NPCs, enfrenta desafios bizarros (como acertar bolas em cachorros-quentes voadores) e se envolve em uma história leve e divertida.
Para quem gosta de jogos com humor, personalidade e surpresas, Golf Story é uma escolha certeira.
Yoku’s Island Express: a combinação perfeita de pinball com metroidvania
Sim, é exatamente isso que você leu. Yoku’s Island Express mistura mecânicas de pinball com exploração em estilo metroidvania. O protagonista é um besouro que carrega uma bola pelos mapas, ativando alavancas, coletando frutas e desbloqueando áreas.
O jogo é visualmente encantador, com uma trilha sonora deliciosa e um mundo vibrante para explorar. O mais surpreendente é como tudo funciona de forma harmônica, sem parecer forçado.
Uma verdadeira aula de game design criativo que passou despercebida por muitos.
The Friends of Ringo Ishikawa: a poesia da vida de um delinquente japonês
Se você gosta de River City Ransom, vai se sentir em casa. Mas Ringo Ishikawa vai além. Ele mistura pancadaria de rua com filosofia existencial e um cotidiano melancólico de um jovem estudante japonês.
Você pode andar por aí, conversar com amigos, assistir aulas, treinar boxe ou simplesmente observar a cidade e refletir. O ritmo é lento, propositalmente contemplativo. Não há objetivos explícitos, e isso faz parte da proposta.
É o tipo de jogo que não agrada todo mundo, mas conquista profundamente quem se entrega à experiência.
Monster Boy and the Cursed Kingdom: a homenagem que superou o original
Baseado na clássica série Wonder Boy, esse jogo é um verdadeiro espetáculo visual e técnico. Mas, infelizmente, não recebeu a atenção que merecia. Monster Boy é um metroidvania com transformações, segredos escondidos e chefes memoráveis.
A trilha sonora orquestrada, os gráficos desenhados à mão e o level design preciso fazem dele uma pérola injustamente ignorada.
Se você gosta de exploração, puzzles e combate dinâmico, esse é um título que precisa estar na sua lista.
Wargroove: o sucessor espiritual de Advance Wars que ninguém te contou
Enquanto o tão aguardado Advance Wars 1+2 Re-Boot Camp atrasava, Wargroove chegou de mansinho e entregou tudo o que os fãs de estratégia por turnos queriam — e mais. Com gráficos em pixel art, campanhas longas, editor de fases e multiplayer, o jogo é uma ode aos clássicos do GBA.
A diferença? Aqui você comanda heróis com habilidades especiais, o que adiciona uma camada estratégica extra ao combate. É um título profundo, com excelente custo-benefício e que pode render dezenas de horas de diversão tática.
Spiritfarer: a despedida mais bonita dos videogames
Spiritfarer é, sem exagero, um dos jogos mais emocionantes já lançados para o Switch. Mas mesmo com tantos méritos, ainda é desconhecido para muita gente.
Você controla Stella, uma barqueira dos mortos, que ajuda espíritos a se despedirem do mundo. Enquanto isso, constrói sua embarcação, cuida dos passageiros e se despede — com carinho — de cada um. É um jogo sobre perda, mas também sobre amor, aceitação e cuidado. Um lembrete de que os games também podem ser profundamente humanos.
Por que esses jogos passaram despercebidos
Muitos desses jogos foram lançados digitalmente, sem grandes campanhas de marketing. Outros saíram em momentos com lançamentos maiores ofuscando tudo ao redor. E alguns simplesmente não tiveram a sorte de viralizar, mesmo sendo verdadeiras obras-primas.
Mas isso não tira seu valor. Na verdade, é exatamente por isso que eles merecem ser redescobertos. Porque mostram que o Switch vai muito além dos nomes famosos — e que há ouro escondido sob a superfície.
A hora de redescobrir o Switch é agora
Com o Switch 2 cada vez mais próximo, muitos jogadores estão guardando dinheiro ou colocando o console atual de lado. Mas essa é a hora perfeita para vasculhar a biblioteca do console e descobrir experiências que você talvez tenha deixado passar.
Esses 10 jogos são apenas o começo. O Nintendo Switch é um dos consoles mais diversificados da história, e suas joias esquecidas merecem tanto amor quanto os blockbusters.

Você já conhecia algum desses títulos?
Quantos desses jogos já tinham passado pelo seu radar? Algum deles despertou sua curiosidade? Se você gosta de experiências únicas, criativas e fora do lugar-comum, essa é a lista certa para começar.
Enquanto todo mundo espera ansiosamente pelo sucessor do console híbrido da Nintendo, aproveite o agora. Esses títulos mostram que o Switch ainda tem muita coisa boa a oferecer — e que muitas vezes, os melhores jogos são justamente aqueles que quase ninguém jogou.